segunda-feira, 7 de março de 2016

Novamente sobre fascismo e feminismo

O texto abaixo é muito simples e sintético, mas serve para alertar o que se transformou o "novo feminismo":

  
Em: Blog do Rudá


Vários analistas já se deram conta da emergência do fascismo societal no Brasil. Um conceito que originalmente foi formulado por Boaventura Santos.
Mas há um neofascismo específico que poucos comentam. Trata-se do neofascismo que tenta se apropriar da bandeira do feminismo.
O feminismo, assim como o antirracismo, é uma bandeira humanista, de defesa da espécie, não um novo apartheid. Trata-se de uma bandeira generosa, de inclusão.
O feminismo não é definido apenas por mulheres, mas por feministas, justamente porque propõe a igualdade formal – política e social – de gênero. Portanto, não é demanda de mulheres, mas da espécie. Seria um erro, como afirmar que a luta contra o racismo é definida por negros ou aqueles que sofrem o racismo. Isto seria reduzir uma luta pela igualdade por mera resistência ou defesa de quem se sente desigual.
Este tipo de pensamento exclusivista é pós moderno, fragmentário, estético e despolitizado. Mais que despolitizado: é fascista.
Como todo fascismo, mobiliza, mas não sugere uma mudança social e política. Limita-se a uma tentativa de dar status político a um segmento social. Daí o risco de adotarem os mesmos métodos de quem afirmam explorar o explorado. Algo como uma troca de cadeiras onde muda-se o sinal e tudo fica estruturalmente igual. Enfim, um sexismo com sinal trocado ou banalização desta luta.
O feminismo dialoga claramente com o socialismo. Este neofascismo propõe um apartheid. Alguns de seus adeptos chegam a sugerir que existiria uma espécie de luta de classes entre homens e mulheres. Uma invenção perigosa. Classe social, em algumas teorias liberais, é classificação por poder aquisitivo. Não me parece o caso. No marxismo, é contradição. Evidentemente que a relação entre sexos não é uma contradição ou seria o fim iminente da espécie humana. Afirmar isto revela ignorância política e déficit teórico.
Como todo fascismo, há uma motivação fundada num grande sofrimento sexual, como já demonstrou Reich em seu “A Psicologia de Massas do Fascismo”. O fascismo revela uma sublimação do desejo. O feminismo, ao contrário, é uma proposta generosa, de INCLUSÃO, não um novo apartheid.
Enfim, esse pessoal parece perigoso e usa uma bandeira democrática e generosa para destilar um ódio à espécie. Na verdade, são fascistas porque sugerem algo como a depuração da espécie, como um louco, uma vez, encasquetou que ariano era superior ao resto dos mortais e sugeriu que os escolhidos por ele não poderiam mais se misturar com o resto dos humanos.
http://www.rudaricci.com.br/neofascistas-tentam-se-apropriar-da-bandeira-do-feminismo/
 

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